Você é capaz de fazer a sua equipe progredir na mesma medida da sua empresa?
- Horus Mentoria

- 31 de out.
- 4 min de leitura

Essa é uma pergunta interessante que já fiz para alguns empresários como eu, muito com a intenção de trocar experiências, mas agora, penso que partilhar essas percepções sobre o assunto pode ser uma boa contribuição para todos, com isso, afirmo que o propósito desse artigo é gerar uma reflexão sobre esse assunto e também, contribuir com a percepção do leitor sobre o tema, contudo abro esse texto com o seguinte pensamento:
“A tarefa fundamental é manter a essência dentro de uma organização, com a clareza de onde se quer chegar.”
Diante da minha trajetória profissional, pude acompanhar diversas situações e empresas nesse percurso progressivo no mundo dos negócios, inclusive noto que para qualquer um de nós que expande a sua empresa drasticamente em relação a sua condição de expansão, acaba por perceber duramente e na prática de forma inevitável o quanto pode ser dolorido para todos os envolvidos esse processo, pois a busca é por tentar promover pessoas, partindo de dentro, mas às vezes a velocidade imposta para a mudança de patamar da empresa acaba por ultrapassar a capacidade daqueles que estão conosco e nossa mesmo como líderes.
O ponto negativo e mais doloroso do progresso é quando precisamos abrir mão das pessoas que estão conosco depois de uma relação construída, não me refiro nessa escrita aqueles que quando demitimos nos gera aquela sensação de que foi tarde, mas sim, daqueles que empenhavam energia e colocavam o coração, além de serem muito esforçados.
Para aprofundar e clarear mais, penso naqueles que demonstram de alguma forma que estão comprometidos com a empresa, mas que não estão de acordo com “o que” a etapa seguinte irá exigir. Decerto que em alguns casos acabamos por encontrar uma nova posição dentro da empresa para eles, mas outros, com certeza, teremos que dispensar, pensando com a razão e não com a emoção, pois R$1,00 é igual a R$ 1.000.000,00 e equilibrar as contas é um desafio para todos.
Confesso que para mim esse tipo de experiência é torturante, pois sou humano e tenho também os meus sentimentos, contudo comecei a considerar a seguinte pergunta ao longo da minha formação de experiências: Até quando devemos manter uma pessoa que não está contribuindo o quanto precisamos?
Seguindo o propósito desse artigo, segue abaixo alguns pontos para a sua percepção e formação da resposta a essa pergunta:
Pense que não se pode perder o entusiasmo e o amor ao que faz, existem pessoas que acreditam na empresa e que o seu trabalho pode ser mais envolvente e recompensador a cada dia, com isso acaba-se por colocar a remuneração e o relógio de ponto em outra dimensão fazendo valer muito mais o pertencimento do que o restante, portanto quando se perde isso, talvez o ponto de corte pode estar se aproximando.
Outro ponto importante na minha percepção é que as pessoas sabem o que é genuíno ou não, portanto quando interagimos e partilhamos informações através da comunicação pura e verdadeira, acabamos por perceber nessa troca se as preocupações são honestas, onde todos estão abertos para se comunicar e ouvir em pé de igualdade, com atenção, buscando soluções e não se mantendo nas reclamações e justificativas, o que provavelmente nos levaria a não ter uma conversa de boa qualidade, portanto quando se perde a qualidade na conversa, podemos afirmar que é um sinal de que o instante do ponto de corte também está se aproximando.
Iremos cometer erros, mas quando perdemos a identidade e nos tornamos impessoal passamos a não construir valor para todos os envolvidos, pois agiremos de forma ineficaz sem compreendermos mais sobre os nossos erros, vendo mais problema que solução e sem literalmente perdoar o erro alheio, gerando um clima de disputas e confrontos, portanto quando a caça as bruxas está prevalecendo vale pensar se o tal ponto de corte não chegou.
Para fechar, penso que as questões técnicas podem ser supridas e desenvolvidas, mas as realizações são sinais importantes e claros, pois quando se perde a visão de equipe e a cooperação necessária, podemos dizer também que algo está acontecendo, avaliar as realizações se estão alinhadas com os objetivos pactuados é muito importante e talvez caso não se enxergue tal ponto, se faz necessário avaliar pois poderemos entender que o tal ponto de corte pode ter chegado.
Com essas informações partilhadas, acredito que uma solução de líder a meu ver é sermos continuamente diligente em nossos esforços para proporcionar uma cultura empresarial que forme um ambiente de trabalho gerador de uma série de oportunidades para desenvolvermos as habilidades e competências de todos, inclusive a nossa como líder principal.
Além disso, entendo que precisamos sempre partilhar o nosso objetivo fim, como o propósito e o desafio do ano da empresa, com a intenção de ajudar a comunicar e compreender mais os objetivos e resultados que estão sendo perseguidos e não ter uma visão de meta de crescimento pelo crescimento.
Revigorar a relação e as competências são objetivos importantes para aturamos como líderes educadores que acabam por trazer a sua equipe num caminho de progresso continuo.
Agora é o momento de você pensar seriamente com os seus botões: O quanto você tem se dedicado para fazer a sua equipe progredir na mesma medida da sua empresa?



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