top of page

Um pouco mais sobre uma tomada de decisão, clara e objetiva.

ree

Conversando com diversas pessoas, noto que se faz de extrema importância compreendermos o conceito de decisão e iniciando pela análise da palavra na sua epistemologia, encontramos sua origem no latim “decisĭo”.


Adiante nessa investigação, pude não somente confirmar, mas esclarecer ainda mais, que essa palavra define-se como um “ato determinante” ou a “resolução que se toma” acerca de uma situação específica, tendo como regra de uma forma geral, a condição de pôr fim a essa tal situação específica, portanto vale destacar que se trata de um ato de imposição para uma determinada mudança de estado.


Existem pressupostos contidos nesse ato, que em geral estão lá, mas não percebemos de fato, é meio óbvio, como por exemplo o de que toda decisão gera um impacto, de maior ou menor monta, mas ele de alguma forma é gerado e nos impacta realmente.


Contudo, também de alguma forma, acabamos por recriar essa condição de alteração no mundo externo diante do ato de tomada de decisão, mas também não percebemos como recriamos a nossa própria condição de avaliação que se dá na origem desse ato e como consequência, a partir do nosso próprio mundo interno e com isso mudamos tudo ao nosso entorno, não só a nossa própria percepção, mas também o significado que temos, de algo ou alguém.


Por isso se faz importante ressaltar que, tomar decisões além de importante é também contributivo com o nosso progresso individual e coletivo, inclusive ao mudarmos o nosso modo de pensar os efeitos são diversos, multidisciplinares e ocorrem em várias áreas, mas o maior impacto em geral como já dito é o interno, pois em realidade, este pressupõe o desenvolvimento natural das nossas faculdades humanas, como por exemplo a de julgar e essa contribuí na criação da nossa condição de julgo para uma determinada escolha, que nos levará para um futuro que não conhecemos, mas podemos imaginá-lo com esse exercício, portanto, convido você para refletir à luz de uma pequena história para clarear ainda mais o assunto sobre a decisão. 


“Sr. Educado foi um colaborador que atuou mais de 20 anos em uma indústria de médio porte e detentora de um estilo de gestão determinada e forte que acabava por levar todos os seus colaboradores para um nível superior quando o assunto era a tomada de decisão. Certo dia, o dirigente principal com sua equipe tomou uma decisão compartilhada de expandir os negócios e sua atuação no país vizinho, uma vez que alguns negócios já tinham sido experimentados inclusive com a brilhante dedicação do Sr. Educado. Durante a reunião de construção do projeto de expansão, todos entenderam que o melhor seria oferecer a posição de liderança estratégica dessa nova fábrica para um profissional de confiança, com larga experiência e tempo na empresa, com isso quem passou a encabeçar essa lista de candidatos de forma natural era o Sr. Educado.


Após alguns dias ele foi chamado na sala do dirigente que fez uma proposta de mudança para ele ir trabalhar fora do país, mas depois de pensar muito, o Sr. Educado tomou a decisão de se manter na sua atual posição na empresa, que era onde ele realmente se sentia muito mais capaz, porém tal decisão com o tempo, acabou por colocá-lo diante de uma nova situação. Suas participações foram diminuindo aos poucos e aqueles dirigentes deixaram de convidá-lo com certa frequência para participação de assuntos estratégicos, pois naquele momento ele estava de alguma forma sendo julgado por aqueles que ofereceram essa oportunidade num passado próximo, pois de certa forma, tal decisão gerou um impacto tanto pessoal e empresarial, além do individual e coletivo. O tempo passou e o dia chegou e acabaram por demitir o Sr. Educado.


Depois de anos de trabalho nessa indústria que está em plena expansão o fim de sua jornada estava a sua frente. Surpreendente mesmo não foi a demissão em si, mas a revelação na entrevista de desligamento, momento em que ele soube que a decisão passada de não aceitar a mudança por medo de sua parte e pela falta de comunicação e transparência havia sido o grande “fato gerador” dessa nova decisão. Essa que acabou por gerar uma eterna determinação na consciência de cada um. Cabe dizer que em verdade, o Sr. Educado não era um profissional alinhado com a empresa, valores e objetivos, ele simplesmente queria cumprir seu dia de trabalho e mais nada, como uma troca justa.”


De fato, muitos especialistas definem a decisão como sendo o resultado de um processo mental-cognitivo de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos e que esse pode fazer com que todos conheçam a si mesmo mediante a avaliação criteriosa de suas decisões no dia a dia de trabalho, mas a tomada de decisão é um processo que se consiste em optar por uma entre várias alternativas.


A tomada de decisão é levada a cabo em todos os aspectos da vida e em qualquer altura dela, desde o momento que uma pessoa acorda e escolhe o que tomar no café da manhã, passando pela roupa, o meio de transporte, o almoço e muitíssimas outras coisas.


Portanto a tomada de decisão é uma condição “sine qua non” para que o sujeito se transforme em que ele é de verdade, mas ela se forma na definição diária, por uma infinidade de decisões por vezes e dias.


Obviamente, algumas decisões são mais complicadas do que outras devido às possíveis repercussões, inclusive no âmbito das empresas e do trabalho como podemos analisar na história do Sr. Educado aqui nesse texto, pois nesse âmbito, a tomada de decisão não costuma, mas precisa ter recursos e metodologias capazes de contribuir para uma boa tomada, informações precisam ser quantitativas e qualitativas (de preferência com estudos de mercado, estatísticas, etc.) para reduzir a margem de erro e promover uma boa e forte tomada de decisão.


Tomada de decisão não é de forma alguma uma execução simplória, pois não se decide o lançamento de um produto por intuição ou do que fazê-lo sem após ter realizado sondagens em alguns e vários consumidores e mercados.


Num sentido geral, a tomada de uma decisão requer o conhecimento do problema e a sua compreensão com profundidade, como também a honestidade com você mesmo sobre a sua competência, bem como as informações disponíveis para assim poder realizá-lo, pois decidir em consequência da informação processada de forma consciente é uma obrigação e essa requer inteligência, fora disso é negligência ou algum tipo de destempero.

 
 
 

Comentários


bottom of page