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Para essa decisão, eu só acredito vendo!

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Eu já pronunciei essa frase várias vezes no contexto do trabalho: “eu só acredito vendo!”

Aliás, quem no mundo dos negócios nunca pensou assim em algum momento?


Seja diante de uma negociação onde a sua proposta comercial é classificada como fora das condições e o comprador diz que você está com o valor muito mais alto que o seu concorrente...


Seja diante da situação que um colaborador vem comunicar a saída e nesse momento você começa a descobrir que está atuando fora dos limites do mercado, que as condições atualmente praticadas estão aquém do necessário...


Seja diante de uma reunião de avaliação de entrega de trabalho que as pessoas comunicam e demonstram referências bem melhores que a sua entrega e que nesse momento se percebe uma distância considerável entre aquilo que você acha que está entregando e o que de fato está.

Enfim, quem já não pensou assim até de forma íntima e discreta?


Com isso posto, tenho uma revelação a fazer: a do aprendizado de que o que vejo, em verdade, não tem a menor importância.


O mundo real não está nem aí para a forma como as nossas retinas e neurônios processam a informação e nos demonstram como enxergamos.


A maioria de nós está acostumado a duvidar do que se ouve, do que se lembra, do que se interpreta de um texto ou de uma conversa, mas a visão tem-se colocado como o sentido absoluto dos sentidos, tanto que costumamos dizer: “Foi eu mesmo que vi, ninguém me contou.”


A grande verdade é que o mundo se manifesta a você da forma que você acha que ele é. O nome que se dá para isso na minha percepção é ilusão, ou se preferir um engano, um erro de avaliação do nosso cérebro e outros do tipo.


Tenho estudado cada vez mais esse assunto com a minha equipe e nos negócios que atuamos a neurociência tem sido uma boa nova que vem para nos ajudar com essa questão tão importante.


Autores e especialistas sistêmicos com pesquisas registradas nessa área ainda são escassos no mundo contemporâneo, mas o médico Antônio Damásio tem sido uma excelente referência, tanto que com ele começamos a compreender ainda mais a importância desse tema para lidar no dia-a-dia de trabalho.


Para aplicar inteligência nos negócios e trilhar esse caminho acabamos por assumir a postura de questionadores, nos fazendo questionar tudo que se está a volta dos negócios, sem isso é impossível a construção de sistemas e algoritmos de avaliação de resultado de alta performance.


Números, processos, indicadores, fatos realizados e resultados são simplesmente dados e precisamos ir além dos dados, não é de bobeira que um físico quântico chamado Amit Goswami afirma que enxergamos 6% de toda a realidade.


Com isso, faz pouco tempo que definimos essa matéria como um item de extrema importância dentro do desenvolvimento de competências da empresa que lidero, tanto que estamos investindo nesses estudos e deixando alguns colaboradores dedicados a esse tema inclusive com intercâmbios previstos para serem realizados.


É impressionante como podemos compreender cada vez mais que a nossa mente cria erros no processo de formação do senso de realidade e saber lidar com essas incongruências vem se tornando essencial para buscar o melhor processo de construção de resultados além do esperado.


A boa notícia é que podemos nos desenvolver e aprimorar as nossas ferramentas perceptivas, do ponto de vista do progresso é fascinante saber que podemos ir além, mas se faz importante lembrar que esse processo é alicerçado pelo de interação humana, mais conhecido como comunicação.  


Para ser realista e pragmático afirmo que não adianta buscar milagres se não ajustarmos a premissa básica da comunicação para tratar a nossa percepção, pois essas são bases para a geração de resultado e resultado é sinal de progresso e isso é o que buscamos fazer o tempo todo.


E você, como anda a sua busca pelo progresso? Se quiser partilhar, fique à vontade para fazer um contato comigo.

 
 
 

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