Palavras que nos faz pensar ainda mais.
- Horus Mentoria

- 30 de out.
- 4 min de leitura

“Promover o progresso é desenvolver uma inteligência que potencializa competências humanas e a isso dou o nome de sabedoria para liderar.”
O fato é que chegamos a mais um final de ciclo e para esse mundo reorganizado que temos, surge cada vez mais necessidades diferentes a serem cultivadas.
Uma delas que pode inclusive ser entendida como responsabilidade não mais exclusiva do estado, mas também das empresas e famílias, leva o nome de educação.
Dentro da educação temos diversos temas, como educação profissional, corporativa, ambiental, política, financeira e outras mais.
Todavia, com a institucionalização dos meios econômicos no meu modo de ver, a palavra educação e sua realização tem sido banalizada e distorcida e isso não é diferente do acontecimento com as palavras propósito, experiência, colaboração, comunidade, inovação, projeto e outras mais.
Com o apoio da filosofia da ciência através da epistemologia e das correntes liberais alemãs a qual sou um grande apreciador e discípulo, venho buscando para meu uso a composição do verdadeiro significado das palavras e inclusive da educação. Com essa minha vivência, que julgo ainda inicial, concluo com humildade que até o presente momento, não possuo a melhor definição do que é educar em ato e potência.
Porém, tenho aqui somado uma boa compreensão do que consiste no contrário e com isso posso afirmar que educar não significa punir, coagir e condicionar as pessoas a um molde rígido e invariável;
Educar também não significa iludir, persuadir ou manipular as pessoas de acordo com moldes usuais do momento, como por exemplo quando se classifica alguém como “bondoso ou ético” onde todos fazem o bem e são mais puros que os outros em função disso;
Educar também não significa deixar as pessoas reféns de crenças que buscam a instrumentalização na qual possam ser medidas e comparadas por regras de convivências culturais específicas, do tipo honesto e desonesto por um único e simples viés;
Educar também não consiste em se intitular um conhecedor exclusivo e único julgando as pessoas como meras receptoras de informações exigindo rigor de algo que se condiciona conhecimento único;
Educar também não tem conexão com ensinamentos, pois para isso se coloca numa posição de absoluto legislador o que deixa as pessoas reféns de crenças e imposições;
Saiba que essas formas e exemplos que cito não é educação na essência e sim na realidade uma mera doutrinação ideológica, que não se sustenta ao longo do tempo, sem contar que já é de nosso conhecimento o papel da religião no mundo e a sua derivação nesse quesito, basta procurar compreender um pouco mais sobre a velha escolástica.
Porém, acredito que uma das composições do ato de educar é potencializar o potencial humano efetivo, esse que está inerente a todas as pessoas, como por exemplo o autocontrole, a percepção, a empatia pelos outros, a sensibilidade, a interação humana e etc.
Venho constatando também que elementos como a compreensão, personalidade e caráter são únicos em cada indivíduo e acontecem dentro de seu tempo e espaço.
Isso posto, começo a compreender e significar que educar é nutrir as pessoas de uma forma que o seu próprio desenvolvimento de capacidades seja sempre único e essencial, pois no âmbito universal cada um de nós é simplesmente único, pois nem gêmeos são em essência igual.
Com isso as diferenças precisam ser entendidas como o elemento universal e essencial e não algo particular e subjetivo, pois é nas diferenças que eliminamos a competição e trabalhamos a construção de um mundo muito mais cooperativo em que todos reconhecem a importância de cada um, estimulando assim a rica diversidade das pessoas e culturas.
Construir um espirito de progresso através da interação, do conhecimento, do respeito e da harmonia desarmônica é um desafio de longa data, proposto inclusive pela natureza, que de certa forma além de nos libertar nos exige com que o gênero humano fique numa posição de constante progresso para melhor.
Como líder educador que sou, venho compreendendo cada vez mais a importância de cultivar as consciências para empreenderem com sensibilidade e respeito para prezar culturas, crenças e práticas que diferem das nossas, pois essa somatória é capaz de nos levar há outro patamar.
O filósofo Charles Taylor afirma que isso só poderá ser feito com base no reconhecimento, de que outras culturas, crenças e práticas também incorporam aspectos positivos da verdade e bondade.
Portanto obter tal êxito no contexto da educação, no trabalho e na vida só será possível quando líderes, educadores, professores, instrutores, profissionais enfim pessoas, abandonarem a sua presunção infantil de que as crenças e práticas mais familiarizadas individualmente detêm o monopólio dos aspectos positivos da verdade e da bondade.
Chamo a essa pressuposição ainda praticada por muitos líderes de paroquialismo infantil e despercebido.
Se preferirem, podemos intitular também como uma mentalidade estreita que se acha capaz de ser melhor que as outras, mas são dotadas de vaidade extremista, que acaba por tentar sobreviver do seu próprio e inocente resultado, chamado ignorância, gerando um falso absolutismo agressivo, esse que em verdade configura na prática uma mentalidade de uma tal “sociedade fechada e purista”.
Esse foi um dos alicerces totalitários que logo após a Segunda Guerra Mundial, quando se intensificava o confronto ideológico, surgia correntes que já mencionavam a necessidade de uma igualdade intrínseca do gênero humano.
Foi clamado pelo mundo a possibilidade de uma concretização de nação única, seu apelo principal era a necessidade de uma “cidadania global” e hoje conhecemos como essa iniciativa a ONU, onde se busca transcender as restrições egoístas e intolerantes no mundo, talvez lá tenhamos um tipo de educação positiva para ser compreendida.
Com base nesse exemplo, entendo que somente um processo “sob medida” e não “sobre medida” seja capaz construir laços e resultados duradouros em vez de ceder à tentação de dominar e influenciar forçadamente as outras culturas a sofrerem uma conversão, pois o objetivo já está intrínseco que a educação necessita ser “Sob Medida” para que naturalmente a cultura se enriqueça através da interação humana e esse novo movimento surgirá novos valores que serão capazes de construir ciclos muitos mais prósperos, universais e plenos.
Por isso a importância de buscar a sabedoria para liderar, confesso que tenho feito isso o tempo todo. Que tal buscar potencializar a sua sabedoria para liderar nessa nova era?



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