Como montar um negócio bem-sucedido?
- Horus Mentoria

- 9 de set.
- 4 min de leitura

Faça um teste, peça para as pessoas que estão perto de você que fiquem em pé e fechem os olhos. Em seguida, com os olhos fechados, oriente-as para levantarem um dos braços e apontarem para o Norte.
Notaremos que o “Norte” apontado é diferente para cada pessoa e se ampliarmos a quantidade de pessoas em sala, isso ficará muito mais evidente.
Podemos tirar dessa simples demonstração três conclusões vitais, sendo que a primeira é que cada um tem o seu Norte, ou seja, a sua direção, o seu desejo, o seu medo e receio, as suas competências e habilidades além das intenções. A segunda é que as diferenças fazem a beleza da vida, pois cada pessoa é única quando inteira em seus dons e talentos. A terceira e última conclusão, é que em verdade, o Norte só tem uma única direção e levando o assunto para o humano, não é mera coincidência que sejamos únicos.
Pensando em contribuir com quem quer construir um negócio, resolvi refletir e aprofundar numa pergunta muito comum: Como montar um negócio bem-sucedido?
A partida para pensar nessa questão é começar com a própria palavra negócio que tem uma relação direta com o mercado. Saber olhar para ele e ler as suas entrelinhas é um grande desafio.
É justamente nesses espaços que encontramos as oportunidades, e se evoluirmos, conseguiremos perceber as tendências de futuro. Cabe aqui saber lidar muito bem com o exercício da imaginação e intuição que fazem jus ao verbo empreender, se estudado em sua raiz etimológica no latim. Quando se trata de empreendedorismo o começo se faz pelas ideias a serviço do cliente e suas necessidades. Assim como esse verbo, temos muitos outros que trazem importantes características dessa reflexão, podendo ser compreendidas como ações empreendedoras como desvendar, desbravar, descobrir, revelar, negociar entre outros.
Portanto ser empreendedor é ser ligado ao mercado e ao cliente, e esse é muito mais do que a razão da existência do negócio, sem ele não haveria negócio e não teríamos o que administrar – está aí outra palavra importante, porém relegada para outro plano pelas diversas, confusas, divergentes e sabotadoras correntes superficiais do empreendedorismo que não conhecem o que realmente importa nos negócios e nos deixa perdidos igual a cena inicial das pessoas apontando para o Norte.
De nada adianta empreender se não se sabe administrar ou ter alguém do seu lado que o faça. Saber gerenciar processos, recursos financeiros, cadeia de produção e outros são mais do que tarefas, são elementos vitais para realizar a empresa e o negócio. Gerenciar é estar atento às receitas e despesas e garantir que as primeiras superem as segundas. Empresa sem capital quebra e gera miséria ao seu entorno, portanto um empreendedor sem ser gerente é um sonho que não se realiza e no fundo iremos descobrir que não dá para viver e iremos colocar a culpa no governo, no mercado, nos concorrentes desleais, pois precisamos aliviar as nossas frustrações ao invés de ser mais maduro nesse assunto e encarar o que tem que ser encarado.
Não é à toa que 97% das empresas fecham em até 5 anos. Embora, tenho notado que esse indicador de tempo vem aumentando, levando muitos a acreditarem que está havendo um preparo maior de quem vai abrir um negócio, mas se aprofundarmos, nos surpreenderemos com a onda do oportunismo, essa que criou alguns atalhos que retarda o problema, mas não o resolve de forma satisfatória, um exemplo disso são as aceleradoras e os investidores anjos, que além de inibir o aprendizado único e essencial visam adiantar o tempo como se fosse um passe de mágica pela sua segunda intenção, e isso não existe, mesmo retardando o indicador, o dia chega.
Gerenciar é ter os pés no chão. Sou do tempo que temos que ter muito empenho em tudo que se faz, e acredito no que é universal, não no modismo de época, pois se um filho leva nove meses para nascer, se colocarmos duas mulheres não iremos tê-lo em quatro meses e meio e pular todo um processo de evolução como num passe de mágica.
Mascarar o problema é fazer com o que o empreendedor não reconheça a importância de uma postura gerencial e pragmática que também venha a garantir o caixa, para que se tenha liquidez e seja adimplente, afinal eu nunca vi ninguém querendo fornecer, contratar ou trabalhar numa empresa com problemas financeiros, mas já vi sim muitas pessoas engajadas em não deixar com que a empresa acabe por falta de resultados e esses feitos, são realizados por pessoas.
Portanto existe uma relação entre empreender e gerenciar e o nome dessa competência e habilidade que trata essa relação é a gestão.
Cuidar dessa relação é gerir, esse exercício é o de liderança que tem o desafio de abrir o espaço de forma consciente para as interações de uma equipe à serviço do cliente mantendo a austeridade nos resultados.
É essa competência que contribuirá com que o ambiente da empresa tenha vida e que todos possam exercer seus dons e talentos além de se expressarem livremente, pois abrir o espaço de transformação é fazer com que as potencialidades humanas se transformem em um negócio bem-sucedido e isso acontece quando se compreender que negócio é diferente de empresa que é diferente de pessoas.
As competências aqui tratadas de, gerenciar, empreender e gerir são distintas e funcionam de forma independente assim como administração da empresa, o desenvolvimento do negócio e a integração das pessoas.
Para ficar claro, não adiante ser empreendedor, não adianta ser gerente e não adianta ser gestor, existe algo universal e essencial a se trabalhar no campo das competências e habilidades para alimentar todas as essas facetas ao mesmo tempo, e ao invés de responder, melhoro a pergunta:
Quais competências essenciais você está disposto a desenvolver para construir um negócio bem-sucedido? Keine Alves Líder Educador



Comentários